Graças às consequências da guerra na Ucrânia no fornecimento de bens alimentares, os supermercados europeus “podem limitar o número de compras para enfrentar a escassez de alguns produtos” e a verdade é que, em alguns países, isso já está a acontecer.
Na quarta-feira, o Boletim Oficial do Estado espanhol determinou que a restrição ao número de produtos afetados pelo racionamento vai ser adotada “excecionalmente e quando se verificarem circunstâncias extraordinárias ou de força maior que o justifiquem”.
Segundo a ABC, os estabelecimentos comerciais espanhóis “estão assim protegidos por lei quando decidirem limitar o número de produtos que cada consumidor pode comprar”. De acordo com a mesma publicação, esta medida “tem um caráter temporário, pode ser aplicada apenas “se estiver em causa o risco de abastecimento” e foi implementada “após se terem verificado episódios pontuais de escassez de produtos como o óleo de girassol e o leite nas últimas semanas”.
No caso concreto de Espanha, a escassez surge não apenas por conta do conflito na Ucrânia mas também “devido à greve dos camionistas espanhóis”.
Além disso, o decreto-lei espanhol contém uma nova fórmula que permite às empresas voltarem a rotular de forma excecional produtos “cuja composição foi modificada por causa dos cortes no fornecimento de algumas matérias-primas na sequência da guerra na Ucrânia”.
No caso de Portugal, alguns supermercados já limitaram a venda de óleos alimentares (importados da Ucrânia) por cliente. Nas prateleiras de óleo de lojas do Continente chegaram mesmo a ser afixadas mensagens sobre o racionamento deste produto por cliente.
Segundo a Reuters, na Grécia, os supermercados também limitaram as compras de óleo de girassol e de farinha, como medida de precaução.