O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, condecorou ontem os Fuzileiros com a Medalha de Valor Militar, grau ouro, destacando que este corpo de forças especiais merece esta “raríssima” distinção porque nunca falhou na sua missão. O Comandante Supremo das Forças Armadas presidiu este domingo à cerimónia militar do encerramento das comemorações do 400.º aniversário da criação do Terço da Armada da Coroa de Portugal, que teve lugar em frente ao Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa, e contou com a presença de ministra da Defesa Nacional, Helena Carreiras, do Chefe do Estado-Maior da Armada, Henrique Gouveia e Melo.
“Foi sempre assim. Os Fuzileiros nunca hesitaram, nunca renunciaram, nunca fraquejaram, nunca falharam na sua missão, por isso vão receber a raríssima Medalha de Valor Militar, grau ouro”, frisou no discurso, avançando que estiveram “sempre à altura das missões”, com “unidade de corpo, com competência, com bravura, com dedicação, com coragem, com entrega plena” ao que lhes era exigido.
No entanto, o dirigente não deixou de lembrar o caso da morte do agente da PSP Fábio Guerra, aos apenas 26 anos, referindo que “uma quebra do exemplo” nos fuzileiros deve ser “exemplarmente punida”, contudo defendeu que é inaceitável julgar todo este corpo de forças especiais pelas ações de alguns.
“Fuzileiros de Portugal, como Presidente da República representando milhões de portugueses e como vosso comandante supremo, não tenho um segundo de dúvida de que uma quebra do exemplo deve ser exemplarmente evitada antes de ocorrer e exemplarmente punida se tiver ocorrido”, disse, aludindo ao caso dos fuzileiros que são suspeitos do homicídio do jovem polícia.