Lacerda Sales admite queda do uso de máscara

Sobre o facto de Portugal estar a tomar esta decisão mais tarde do que outros países, sendo que é um dos países com a maior taxa de vacinação mundial, Lacerda Sales sublinhou que, em Espanha, a medida só foi tomada esta terça-feira e, por isso, “não é assim tão mais tarde”.

O secretário de Estado Adjunto e da Saúde, António Lacerda Sales, disse esta quarta-feira que a obrigatoriedade do uso de máscara em locais fechados pode cair até ao final do mês, exceptuando no caso dos lares, das instituições de saúde e dos transportes públicos. 

Lacerda Sales sublinha que não pode antecipar as decisões do Conselho de Ministros, a acontecer amanhã, mas que, se existir uma incidência descrescente do índice de transmissibilidade de covid-19, atualmente inferior a 1, e não havendo impacto nos serviços de saúde e na mortalidade em geral, a Direção-Geral da Saúde (DGS) está em condições de reanalisar e reverter o uso da máscara em espaços interiores, nomeadamente nas escolas.

Questionado pelos jornalistas, à margem da Convenção Nacional de Saúde, em Lisboa, sobre se esta mudança pode acontecer até ao final do mês, o secretário de Estado Adjunto respondeu positivamente.

"Não queria, no entanto, deixar de dizer que se manterá em determinadas situações a obrigatoriedade das máscaras", como é o caso dos lares, das instituições de saúde e dos transportes públicos.

Sobre o facto de Portugal estar a tomar esta decisão mais tarde do que outros países, sendo que é um dos países com a maior taxa de vacinação mundial, Lacerda Sales sublinhou que, em Espanha, a medida só foi tomada esta terça-feira e, por isso, "não é assim tão mais tarde".

"Não estamos aqui num ranking de países de quem faz mais depressa ou mais devagar. Não é esse o nosso objetivo, queremos é que haja medidas com segurança para o cidadão", afirmou.

Quanto à decisão de manter a máscara em espaços fechados está ou não relacionada com a Páscoa, um período de maior mobilidade social, como disse ontem, o governante afirma que muito em breve será possível perceber se o período festivo teve impacto. Se não teve, "estamos em condições" de reverter a medida, considerou.