O presidente do CDS-PP, Nuno Melo, fez questão de deixar claro de que não tem intenções de deixar o edifício da sua sede nacional, no Largo Adelino Amaro da Costa, em Lisboa. Até à data, o Patriarcado de Lisboa, proprietário do imóvel, diz não ter recebido qualquer proposta de compra por parte do Chega.
No domingo, o Nascer do Sol soube que o Chega pretende comprar a sede do CDS-PP, partido que perdeu nestas eleições legislativas a sua representação parlamentar que detinha há 47 anos.
Nuno Melo afirmou, numa nota enviada aos jornalistas esta quarta-feira, que tem sido interrogado sobre a compra da sede pelo Chega e defendeu que, "tendo em conta o motivo, tão abaixo de tudo o que é a decência na política, o caso não mereceu nem merece comentários".
"Para o que importa, em relação a uma sede de que gostamos muito, com contrato válido e as rendas pagas, de que só sairemos um dia se quisermos, – e não queremos -, ficam convidados a assistir hoje à primeira sessão das "Conversas do Caldas", dedicada ao tema da inflação", apontou o líder dos democratas-cristãos.
Nuno Melo disse ainda que há "pessoas que apareceram de repente com maços de notas no bolso, sem que se percebesse sequer bem de onde veio o dinheiro", notando que "infelizmente, só por si, dinheiro, nunca significou gosto e principalmente, educação e valores".
Segundo avançou a CNN Portugal, o Chega está disposto a pagar, caso compre a sede do CDS, 7 milhões de euros. Em caso de arrendamento, fala-se em 5 mil euros por mês.
Com as informações que o Nascer do Sol obteve este domingo, o Chega já teria enviado esta segunda-feira uma carta para o Patriarcado, senhorio da sede no Largo do Caldas, a demonstrar interesse.
No entanto, uma fonte oficial do Patriarcado disse à agência Lusa que “não recebeu até à data nenhuma carta do Chega”.