Crise provocada pela guerra pode durar dois ou três anos

“O problema que a Rússia enfrenta é que as sanções não vão ser levantadas”, afirmou Gomes Cravinho.

O ministro dos Negócios Estrangeiros, João Gomes Cravinho, alertou ontem para a possível longa duração da crise militar e política provocada pela invasão russa da Ucrânia, admitindo que pode  prolongar-se por dois ou três anos.

Nesse contexto, e quando falava num encontro com legisladores norte-americanos em Lisboa, organizado pela Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento, Cravinho apelou a uma maior proximidade entre a União Europeia e os Estados Unidos da América, que, aliás, defendeu, tem sido crucial na resposta ao conflito.

“Há um sentido crescente de que estamos a falar de algo que vai estar connosco durante algum tempo, durante alguns anos, dois, três anos, provavelmente, à medida que o lado militar se vai desgastando e que a reconfiguração política leva o seu tempo a tornar-se aparente”, disse Cravinho, garantindo que as sanções do Ocidente contra o regime de Putin vão ter “efeitos graves nos bolsos do russo médio dentro de alguns meses”.

“O problema que a Rússia enfrenta é que as sanções não vão ser levantadas”, defendeu o chefe da diplomacia portuguesa.