Elon Musk, pouco após assinar um acordo para comprar o Twitter por 44 mil milhões de dólares (mais de 41 mil milhões de euros), anunciou que quer reverter a expulsão de Donald Trump da plataforma. É visto como um sinal claro de que Musk, que encabeça a Tesla e se tornou o homem mais rico do mundo, pretende diminuir a moderação de conteúdos na plataforma, cortando restrições contra discurso de ódio e desinformação.
Musk prometeu que sob a sua liderança as proibições permanentes do Twitter, como aquela que foi alvo o ex-presidente dos EUA, seriam "extremamente raras" e reservadas para perfis falsos ou spam. O fundador da Tesla argumentou que retirar a Trump a sua conta, que na altura tinha uns 88 milhões de seguidores, serviu apenas para amplificar as desinformação que o então Presidente propagava sobre os resultados das eleições de novembro. Foi "moralmente errado e profundamente estúpido", declarou Musk, na terça-feira, discursando numa conferência promovida pelo Financial Times.
O fundador da Tesla tem-se tentado afirmar como um "absolutista da liberdade de expressão", apesar de recorrentemente bloquear utilizadores que lhe façam críticas no seu perfil pessoal de Twitter. Mesmo assim, não é certo que Trump aceite sequer regressar à plataforma, tendo lançado a sua própria rede social, Truth Social, que parece ter uns dois milhões de utilizadores ativos, segundo a Forbes.