A Polícia Judiciária (PJ) encetou, esta terça-feira, uma operação policial que envolveu a realização de buscas nas instalações da Linha Municipal de Apoio a Refugiados da Câmara Municipal de Setúbal, na Câmara Municipal de Setúbal e nas instalações da Associação dos Emigrantes de Leste (Edinstvo).
Em causa, explica a autoridade judiciária, está a prática de “crimes de utilização de dados de forma incompatível com a finalidade da recolha, acesso indevido e desvio de dados, previstos na Lei de Proteção de Dados Pessoais”.
A violação de dados pessoais terá sido cometida pela funcionária russa da câmara, Yulia Khashina – já afastada de funções – e pelo seu marido, Igor Khashin.
Segundo noticiou o Expresso, o cidadão russo Igor Khashin, membro da Associação dos Emigrantes de Leste (Edinstvo) e do Conselho de Coordenação dos Compatriotas Russos, e a mulher, Yulia Khashina, também da Edinstvo e funcionária do município, terão fotocopiado documentos e questionado os refugiados sobre o paradeiro de familiares na Ucrânia.
Durante as buscas foi apreendida “para análise diversa documentação e foram efetuadas pesquisas informáticas sobre dados relacionados com os crimes em investigação”.
O inquérito encontra-se em segredo de justiça, sublinha a PJ.