Para acabar com as dúvidas dos europeus mais céticos, a Eslováquia e a Polónia decidiram, esta quarta-feira, que irão promover a candidatura da Ucrânia à União Europeia (UE) na zona comunitária.
"Para o futuro e [para] as perspetivas de paz na Europa, é importante abordar a posição da Ucrânia em relação ao seu estatuto de país candidato" à UE, apontou a Presidente eslovaca, Zuzana Caputova, após uma reunião com o seu homólogo polaco, Andrzej Duda.
Para Caputova, a adesão da Ucrânia à UE “é um gesto natural” e torna-se ainda mais relevante a partir do momento em que a hipótese de entrar na NATO (Organização do Tratado do Atlântico Norte, também chamada de Aliança Atlântica) "está a desaparecer”.
Embora Caputova tenha garantido que "já foram feitos contactos informais" com alguns líderes europeus, nenhum dos Presidentes avançou com datas nem personalidades que pretendem visitar juntos para apoiar Kiev.
Também hoje o Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, manifestou-se contra a falta de palavra da UE, que continua a adiar a promessa de permitir a entrada da Ucrânia na UE, ao avisar que o seu país não pode ficar para sempre na incerteza.
Zelensky pediu ontem aos deputados eslovacos que se tornassem a voz da Ucrânia na UE e, desde o início da invasão russa da Ucrânia, esse país tem sido um dos mais vocais quanto à situação ucraniana.
Tanto a Eslováquia como a Polónia propuseram na última cimeira informal de líderes europeus, em Versalhes, que fosse estipulado um calendário para que num espaço de cinco anos a Ucrânia venha a pertencer à UE.