O chefe de gabinete do grupo parlamentar do PSD, António Romano de Castro, apresentou esta semana a demissão do cargo, após o Nascer do SOL (na edição passada) ter noticiado que o seu nome não constava no despacho das nomeações dos funcionários que dão apoio à bancada parlamentar social-democrata. Para o substituir, foi nomeada como chefe de gabinete Conceição Castro, até agora assessora do grupo parlamentar.
«Tendo-me sido comunicado pelo Dr. Romano de Castro que pretendia cessar as funções que vinha exercendo, de Chefe de Gabinete do Grupo Parlamentar do PSD, venho por este meio informar que, ouvida a Direção, decidi nomear como Chefe de Gabinete, com efeitos a partir do dia de hoje (26 de maio), a Dra. Conceição Castro», lê-se na missiva dirigida ao GPPSD e assinada pelo líder parlamentar social-democrata, Paulo Mota Pinto, a que o Nascer do SOL teve acesso.
Curiosamente, a nova líder da equipa de assessoria do PSD no Parlamento partilha o apelido com Romano de Castro. Ao que o Nascer do SOL conseguiu apurar, tratar-se-á de «apenas uma coincidência», não tendo sido feita internamente qualquer associação familiar entre os dois. Na mesma nota,Paulo Mota Pinto expressa ainda «em nome da Direção – e certamente também de todos os Deputados do PSD, atuais e passados, bem como dos Funcionários do Grupo Parlamentar –, o agradecimento e louvor do Grupo Parlamentar do PSD» a Romano de Castro, «pela forma como, ao longo de várias décadas, exerceu aquelas funções, contribuindo de modo muito relevante para a organização, funcionamento e afirmação» do GPPSD.
Na edição passada, o Nascer do SOL dava conta que, ao contrário do que se verificava em todas as outras bancadas parlamentares, quanto ao PSD não havia despacho de nomeação do seu chefe de gabinete, situação que terá causado «muito incómodo» nas hostes ‘laranjas’ e terá apanhado de surpresa o próprio líder parlamentar.
No despacho assinado pelo secretário-geral da Assembleia da República, Albino de Azevedo Soares, apenas constam as nomeações dos restantes funcionários. O Nascer do SOL tentou contactar Albino de Azevedo Soares no sentido de obter um esclarecimento sobre a situação, mas não obteve nenhuma resposta até hoje.
Já Romano de Castro, em declarações ao nosso jornal, na semana passada, justificou a inexistência de uma nomeação por ter sido «designado» para o cargo pelo partido, enquanto funcionário do mesmo. Questionado se mesmo sendo funcionário do partido não devia constar das nomeações, argumentou que estava «destacado há muitos anos», não se alongando nos esclarecimentos.