PSP admite greves nos aeroportos de Lisboa e do Porto

A direção da ASPP vai reunir a 14 de junho para debater eventuais protestos. 

A Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP/PSP) admitiu ontem a realização de vários protestos, principalmente nos aeroportos do país, para fazer ouvir as suas críticas à falta de informação sobre os impactos da reestruturação do SEF na PSP. A direção do sindicato vai reunir a  14 de junho, avançou o líder desta estrutura, Paulo Santos, citado pela agência Lusa.

O plano de contingência para os postos de fronteira dos aeroportos portugueses, relativo aos meses de junho a setembro de 2022, inclui 168 agentes da PSP, que, no âmbito da reestruturação do SEF, vão passar a estar sob o comando operacional deste serviço naquilo a que o controlo de passageiros compete. Paulo Santos falou ainda das ‘dúvidas’ que existem em torno da forma como os serviços nos aeroportos se vão processar. O líder sindical queixou-se também da falta de efetivos nas divisões de segurança aeroportuárias.

Vai ainda ser pedida uma reunião ao ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, sobre esta situação, revelou Paulo Santos, que descreve a situação como uma “falta de respeito do Governo para com os polícias”, após a publicação do Relatório Anual de Segurança Interna (RASI) de 2021 e aprovado o Orçamento do Estado (OE) para 2022. 

“O RASI de 2021 salienta o aumento das agressões a agentes de autoridade e refere que cerca de 60% das obras e aquisições ficaram por executar. Se a isto somarmos a tabela remuneratória atual e o valor da compensação pelo risco e ainda a continuidade do atropelo pelas regras da pré-aposentação, concluímos que, nem a tutela tenciona tornar a PSP mais atrativa, como a pretende mais envelhecida, menos capaz e com mais constrangimentos operacionais”, acusa a ASPP, em comunicado.