Nicolás Maduro, Presidente da Venezuela, acusou este domingo os Estados Unidos da América (EUA) de quererem "apunhalar" a próxima Cimeira das Américas, que terá lugar em Los Angeles, pela intenção de excluir Venezuela, Nicarágua e Cuba, que até agora não foram convidadas.
"O próprio governo dos EUA encarregou-se de dar uma punhalada nas possibilidades de sucesso desta cimeira", afirmou o líder venezuelano, em entrevista à Rádio del Sur. "É uma contradição realizar uma Cimeira das Américas em Los Angeles. Isto não é uma Cimeira, é uma reunião", acrescentou.
Ao mesmo tempo, Maduro salientou a "coragem" de mais de 25 países que expressaram a sua solidariedade e a sua rejeição das políticas de exclusão do governo norte-americano.
"Estão a tentar realizar uma cimeira, mas isto não é uma cimeira e muito menos uma cimeira das Américas. Quase 90 por cento dos governos do continente tiveram a coragem, de diferentes maneiras, de expressar o seu protesto contra a exclusão", rematou Nicolas Maduro.
O Chefe de Estado destacou a presença de Alberto Fernández, Presidente da Argentina, que estará presente na Cimeira. "É muito bom que ele traga a voz da América Latina e das Caraíbas ao encontro das Américas", afirmou, aproveitanto para dizer que a Argentina é "um parceiro que quer ajudar a Venezuela e a região" e que se opõe à exclusão venezuelana: "Em todas as suas viagens fala da necessidade de levantar as sanções contra Venezuela e Cuba".
A cimeira realizar-se-á de 6 a 10 de junho em Los Angeles. Até agora, Cuba, Nicarágua e Venezuela não foram convidadas. Os países da Comunidade dos Estados das Caraíbas (CARICOM) já avisaram que não vão comparecer no evento.