António Costa esteve reunido, em Paris, com o Presidente francês, Emmanuel Macron, para debater sobre “a Europa que partilhamos”. Palavras do primeiro-ministro português, que almoçou com Macron no Palácio do Eliseu, onde partiu para um verdadeiro tour de inaugurações de exposições sobre arte portuguesa, um pouco por toda a capital francesa.
Tratou-se de um encontro para permitir “aos dois dirigentes evocar vias para aprofundar a relação privilegiada” entre as duas nações, numa altura em que a Temporada Cruzada – uma iniciativa de diplomacia bilateral entre Portugal e França – vai a meio. “É uma oportunidade de ver o que será o futuro da Europa com a ambição que mobiliza uma Europa mais forte, inclusiva e afirmativa no espaço global”, defendeu o chefe de Estado português, pouco demorando a saltar para o tema que mais tem marcado os discursos dos líderes europeus, um pouco por todo o continente: a invasão russa da Ucrânia.
O encontro, reiterou Costa, foi uma “oportunidade” de discutir questões como “a reconstrução da paz, a necessidade de responder à crise de segurança alimentar, e de reforçar a nossa capacidade de defesa”, realçando ser tempo de “responder àquilo que esta crise demonstrou bem – a maior vulnerabilidade que a Europa tem está no setor da energia”. “É fundamental acelerarmos a transição energética, para recuperarmos a nossa autonomia e a nossa segurança energética”, pediu o chefe de Estado português, enfatizando que “com a energia do presidente Macron é, certamente, um bom ponto para olhar para o futuro da Europa, para aquilo que temos de mudar”.
Exposições e mais exposições
Na manhã desta terça-feira, ainda antes do almoço no Palácio do Eliseu, António Costa visitou a exposição ‘A idade de ouro do Renascimento português’, que apresenta, pela primeira vez, no Museu do Louvre, cerca de 15 obras dos denominados primitivos portugueses.
Depois do almoço, Costa marcou ainda presença no Centro Pompidou, onde foi inaugurada a exposição ‘O resto é sombra’, dos artistas Pedro Costa, Rui Chafes, Paulo Nozolino, e no Hotel de la Marine, um museu recentemente renovado que acolhe a coleção Al Thani, onde inaugurou a exposição ‘Gulbenkian por ele próprio, na intimidade de um colecionador’, uma mostra que inclui várias peças da coleção de Calouste Gulbenkian.