A situação humanitária, sobretudo na região do Donbass, na Ucrânia é “extremamente alarmante”, quando os combates entre as forças ucranianas e russas se intensificam no leste do país, alertou, esta sexta-feira, as Nações Unidas (ONU).
"A situação humanitária na Ucrânia, particularmente no leste do Donbass, é extremamente alarmante e continua a deteriorar-se rapidamente", afirmou o Escritório das Nações Unidas para a Coordenação dos Assuntos Humanitários (OCHA) num comunicado.
Segundo o OCHA, a situação é "particularmente preocupante" em Severodonetsk e em seus arredores, único local onde resiste a força ucraniana na região de Lugansk, que está praticamente sob controlo russo.
Neste momento, o acesso à água potável, alimentos e eletricidade é “reduzido” nesta região, dado que as intensificações dos combates contribuem para a falta de condições de vida para a população civil, explicou a agência humanitária da ONU.
O OCHA lamentou que "os dois países, nesta fase, ainda não tenham chegado a um acordo para facilitar a retirada de civis ou mesmo permitir o acesso de ajuda humanitária" a Severodonetsk e à cidade vizinha de Lysytchansk, que estão a ser constantemente bombardeadas já há vários dias.
"Em todo o país, áreas residenciais e infraestrutura civil continuam a ser afetadas, resultando em mais civis mortos e feridos", assinalou a agência da ONU.
Embora haja "enormes dificuldades de acesso", a ONU e os parceiros humanitários "atenderam mais de 8,8 milhões de pessoas em toda a Ucrânia desde o início da guerra".
De acordo com o último relatório da ONU, 4.452 civis foram mortos e 5.531 ficaram feridos desde o início da invasão russa em 24 de fevereiro. Este número “é provavelmente muito maior", adiantou a ONU.
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