Todo o território de Portugal continental vai passar a estar em alerta vermelho, adiantou esta quarta-feira o comandante da Proteção Civil, André Fernandes.
Num balanço feito esta tarde, o responsável revelou que, desde a passada sexta-feira, 8 de julho, registaram-se 813 ocorrências, que envolveram mais de 25 mil operacionais.
Até às 19h00 de hoje, registaram-se 171 incêndios. "É uma situação que coloca muitos meios alocados ao ataque inicial. Destas 171 ocorrências, 27 ainda estão ativas a esta hora", referiu.
No local, estão 2.654 operacionais, 30 meios aéreos e 793 veículos a combater os incêndios que ainda estão ativos, sendo que o período horário entre as 12h00 e as 17h00 foi aquele em que se registou o maior pico de ocorrências.
Foram tomadas medidas de reforço, fazendo parte destas seis pelotões militares e um veículo de reforço da rede SIRESP.
A Proteção Civil afirma ainda que, desde 7 de julho, ficaram feridas 135 pessoas, entre as quais 70 são agentes da Proteção Civil.
Sabe-se ainda que são 63 feridos ligeiros e dois feridos graves "um operacional e um civil", afirmou André Fernandes.
Na Cumeada, em Ourém, há 23 habitações afetadas (anexos e garagens), em Pombal há cinco habitações e uma roulote afetadas, em Leiria duas habitações e uma vacaria, em Palmela duas habitações, assim como em Faro.
Foram retiradas das suas habitações 778 pessoas, já tendo regressado "52 pessoas em Pombal, 50 em Ansião e 54 em Leiria e 15 em Souto".
"A situação é grave, é extrema, temos de adequar os nossos comportamentos", apelou André Fernandes.