Onda de calor contribuiu para um excesso de mortalidade em Portugal (continente e ilhas), tendo sido contabilizadas 238 mortes entre os dias 7 e 13 de julho, anunciou, esta quinta-feira, a Direção-Geral da Saúde (DGS).
Numa nota partilhada hoje pela DGS, o indicador que avalia o efeito previsto das temperaturas elevadas do ar na mortalidade “atingiu o valor de 1,28 no dia 14 de julho de 2022, traduzindo um impacto significativo na mortalidade causado por efeito da onda de calor”.
Desta forma, as “elevadas temperaturas do ar estão, geralmente, associadas a períodos de mortalidade mais elevada do que o esperado para a altura do ano (excesso de mortalidade)", explica a estrutura liderada por Graça Freitas, ao notar que o excesso de calor naquele período corresponde “a um total de 238 óbitos”, embora estes “valores são provisórios e vão sendo atualizados".
A DGS esclarece que as temperaturas do ar extremas “têm um potencial impacte conhecido na saúde, como consequência de desidratação ou de descompensação de doenças crónicas, entre outros fatores".
Para colmatar esta consequência, este organismo decidiu ativar o grupo operativo do seu Plano de Contingência a 5 de julho, "estando também acionadas as respostas regionais e locais".
Além do Plano, "a DGS tem procurado, nos últimos dias, e através de diferentes meios, esclarecer a população quanto às recomendações a adotar nestes períodos de temperaturas extremas" e assegura continuar a "acompanhar em permanência esta situação, reforçando a necessidade de todos, especialmente as pessoas com doença crónica, as crianças e os idosos, adotarem as recomendações da DGS".
Recorde-se que o território de Portugal Continental está em situação de contingência até domingo, devido às temperaturas elevadas, a ultrapassar os 45º em algumas partes do país, e ao risco de incêndio.