O primeiro-ministro defendeu, esta sexta-feira, que as cidades têm de se habituar, num curto espaço de tempo, a viver sem carro, a bem da sobrevivência da humanidade.
"As cidades levaram desde o pós-guerra 50 anos a adaptarem-se para acomodar o corpo estranho que era o automóvel. Agora, temos muito menos tempo para nos habituarmos a viver sem esse corpo estranho que foi o automóvel", afirmou António Costa, em Coimbra, na cerimónia de consignação da empreitada de construção da Linha do Hospital do Sistema de Mobilidade do Mondego (SMM).
Para o chefe de Governo, "o melhor a fazer é estacionar o automóvel", para assegurar a sobrevivência da humanidade. No entanto, admitiu que o país tem de "encontrar um novo sistema de mobilidade" para que isso seja possível.
"Já faltou muito mais, mas ainda não chegámos lá. E é muito importante chegarmos lá. Não é só as ligações interurbanas que se têm de resolver. Não é só a Ferrovia2020 que se tem de fazer. É a necessidade também de nos sistemas periurbanos, dentro das cidades, resolver-se o problema da mobilidade", sublinhou António Costa.