Lula da Silva, ex-presidente do Brasil e candidato às eleições presidenciais em outubro, foi colocado pelo Centro de Combate à Desinformação, que integra o Conselho de Segurança Nacional e Defesa da Ucrânia, numa lista de personalidades que as autoridades ucranianas acusam de promoverem propaganda russa. A lista é composta por 78 pessoas.
"Fico vendo o Presidente da Ucrânia na televisão como se estivesse festejando, sendo aplaudido em pé por todos os parlamentos, sabe? Essa cara é tão responsável quanto o Putin. Ele é tão responsável quanto o Putin. Porque numa guerra não tem apenas um culpado", disse o ex-presidente Lula da Silva, numa entrevista no início de maio à revista norte-americana Time, sendo esta uma das razões para que Lula tenha sido incluido na lista ucraniana.
Na mesma entrevista, o candidado às eleições presidenciais brasileiras considerou que Vladimir Putin "não deveria ter invadido a Ucrânia", mas que "não é só o Putin que é culpado, são culpados os Estados Unidos e é culpada a União Europeia". Por fim, rematou: "Qual é a razão da invasão da Ucrânia? É a NATO."
Para além destas declarações, que não foram bem vistas aos olhos de Kiev, a segunda justificação para o ex-presidente brasileiro ser incluído nesta lista é, segundo a Ucrânia, que Lula teria declarado que a Rússia "deve liderar a nova ordem mundial". Afirmações que, segundo a assessoria de Lula, citada pela CNN Brasil, nunca foram proferidas pelo mesmo.