MP quer julgamento por terrorismo para jovem que planeou ataque na FCUL

Jovem tinha “objetivo de matar indiscriminadamente várias pessoas”.

O Ministério Público (MP) quer que João Carreira, jovem de 18 anos que planeou um alegado massacre na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, vá a julgamento pela prática de dois crimes de terrorismo, um na forma tentada, e um crime de detenção de arma proibida.

A acusação do MP, tornada ontem pública pelo DIAP de Lisboa, indica que, “desde setembro de 2021”, o jovem “delineou e decidiu executar um plano que visava praticar um ataque na Universidade de Lisboa, em concreto da Faculdade de Ciências, com o objetivo de matar indiscriminadamente várias pessoas”.

A acusação refere ainda que, entre janeiro e 10 de fevereiro de 2022, quando foi detido, João Carreira “muniu-se de todas as armas e artigos que pretendia para efetuar o ataque, tendo definido em concreto os locais, a data e o número de pessoas que pretendia atingir”, tendo transmitido “as suas intenções de concretizar o plano em diversas mensagens de rede sociais”.

Sem antecedentes criminais, o jovem natural da Batalha estava no 1.º ano de Engenharia Informática. Detido em fevereiro, encontra-se desde maio sujeito à medida de coação de internamento preventivo a fazer internamento psiquiátrico. Ainda assim, o MP considera que se mantém o perigo.