O incêndio em Vila Pouca de Aguiar, distrito de Vila Real, parece não dar tréguas e às 16h45 deste sábado estava a ser combatido por cinco aviões, 353 operacionais e 103 viaturas.
O fogo foi considerado dominado ao início da tarde, pelas 14h00, mas reativaram-se "com muita intensidade" duas frentes, mas que àquela hora já estavam controladas, disse Artur Morta, 2.º comandante do Comando Distrital de Operações de Socorro de Vila Real, à agência Lusa. A mesma fonte acrescentou que à mesma hora "não existiam aldeias em perigo, muitas vezes o que acontece é que as pessoas vêem as chamas perto e ficam assustadas".
"É um perímetro muito extenso, temos muitos meios, mas reativa muitas vezes e quando reativa já vai com muita força. As condições de combate são do mais extremo, o pessoal não se consegue aproximar das chamas, tem sempre que ser feito [o combate] com a ajuda dos meios aéreos. Enquanto os meios aéreos não chegam começa a alastrar", disse Artur Mota.
O combate às chamas "é sempre mais fácil" durante a noite, considerou, já que a temperatura é mais baixa e há mais humidade.
Os bombeiros, segundo disse, estão com dificuldades em combater as chamas. "Há perímetros que são inacessíveis , não se consegue chegar lá com as máquinas e o combate com água direto é ineficaz, porque está tudo tão seco que ao cair na terra, a água é logo absorvida e evapora toda, não impede o incêndio alastrar", sublinhou.
Assim, as perspetivas "não são boas, porque, pelo menos até segunda-feira, vamos ter estas condições ou piores, portanto, vai ser sempre agravar. Há três semanas consecutivas que temos temperaturas altíssimas e humidade muito baixa. Está tudo reunido para que os incêndios mal comecem, alastrem logo com muita intensidade e fora da capacidade de combate", afirmou Artur Mota.