A Crédito y Caución prevê que o crescimento das economias emergentes diminua de 7% em 2021 para 3,6% em 2022. Segundo a mais recente análise, “aos riscos de escassez de alimentos nestas regiões devido à guerra na Ucrânia somam-se outros problemas, como os constrangimentos na cadeia de fornecimento, as baixas taxas de vacinação em comparação com as economias avançadas, a retirada dos estímulos fiscais e o aumento das taxas de juro oficiais por parte dos bancos centrais em resposta à inflação”.
Assim, a Crédito y Caución espera que em 2023 o crescimento médio dos mercados emergentes volte a acelerar até aos 4,1%, graças à recuperação do crescimento na Europa de Leste e à mitigação das restrições sanitárias na Ásia.
E acrescenta que, devido à guerra na Ucrânia e às sanções impostas à Rússia, “é provável que a Europa de Leste sofra uma contração de -0,7% do PIB em 2022, seguida de um crescimento de 1,1% em 2023”, prevendo ainda que a economia russa contraia -8,0% em 2022, seguida de outra descida de -2,8% em 2023. “As sanções privam o país de componentes industriais muito necessários, mas a Rússia continua a exportar grandes quantidades de energia”, defende ainda.
O relatório da seguradora de crédito diz também que, após crescer 8,1% no ano passado, a expansão económica da China deverá abrandar até aos 4% este ano. “Apesar da taxa de vacinação abranger 90% da população, é previsível que a estratégia de Covid zero continue a perturbar as cadeias de fornecimento e a procura interna durante os próximos meses”, diz, acrescentando que “o mercado imobiliário chinês também está a viver um importante retrocesso”.
Em resposta à queda do crescimento, “prevê-se que a Administração chinesa aumente os estímulos fiscais, o investimento em infraestruturas e adote uma política monetária menos rígida”. Neste contexto, o crescimento evoluirá até aos 5,3% em 2023. “Graças às grandes reservas de cereais e de petróleo, o impacto da inflação mundial na China é limitado. No entanto, a queda da procura internacional limitará o crescimento das exportações chinesas a 2,2% em 2022, face aos 18,2% de 2021”, detalha.