Guterres pede a russos e ucranianos que cessem atividade militar na central de Zaporizhzhia

Instalações contêm 1.200 toneladas de combustível nuclear.

A ONU apelou, esta quinta-feira, à Rússia e à Ucrânia para cessarem qualquer atividade militar nas proximidades da central nuclear ucraniana de Zaporizhzhia, a maior da Europa, atualmente controlada pelo Exército russo, devido ao receio de uma catástrofe nuclear.

"Infelizmente, em vez de uma desescalada (das hostilidades) nos últimos dias, temos visto incidentes muito preocupantes que, se continuarem, podem levar a um desastre", afirmou o secretário-geral da ONU, António Guterres, acrescentando que é urgente que Moscovo e Kiev cheguem a um acordo para proteger o perímetro e deixá-lo livre de qualquer presença militar.

"Temos de deixar claro que quaisquer potenciais danos em Zaporizhzhia ou noutra instalação nuclear na Ucrânia, ou em qualquer outro lugar, podem ter consequências catastróficas não só na área circundante, mas na região e não só", alertou Guterres, que exorta os dois países a não usarem a central “como parte de operações militares".

Sublinhe-se que as instalações da central nuclear de Zaporizhzhia, no sul da Ucrânia, contêm 1.200 toneladas de combustível nuclear.