Mulheres unem-se numa onda de apoio a Sanna Marin com vídeos a festejar nas redes sociais

A primeira-ministra da Finlândia tem sido criticada depois de terem sido expostos vídeos desta a festejar numa festa privada com figuras públicas. 

Mulheres finlandesas unem-se em solidariedade para com a primeira-ministra Sanna Marin, que tem sido alvo de críticas depois da divulgação de vários vídeos nas redes sociais, onde surge a dançar e a cantar numa festa privada com figuras públicas daquele país.

Numa manifestação de apoio, centenas de finlandesas estão a partilhar vídeos seus a dançar ou a festejar nas redes sociais, associando-os à hashtag “Solidariedade com Sanna”.

No entanto, a onda de apoio também chegou a Portugal na voz de Cristina Ferreira, que também defendeu a liberdade de Sanna Marin, que é conhecida pelo seu estilo mais descontraído, o que diverge das normas habituais que vemos na política.

“Eu ia a um festival com ela. Tem 36 anos, é primeira-ministra finlandesa. Bonita. Livre. Está no centro da discussão/acusação porque foram divulgados vídeos a dançar. Não era uma valsa. Espante-se. Usa roupas normais, nem sempre fatos, é um facto. Até blusões de cabedal, onde é que já se viu. Não viu e esse é o problema. Estamos habituados ao que se instituiu certo. E o que é que é certo? Pergunto. Casou há 18 anos. Ainda não se separou. Imaginem o que seria se fosse divorciada. Há tanto caminho para andar. Eu ia a um festival com ela”, escreveu a apresentadora de televisão numa publicação no Instagram, onde aparece Marin vestida de calças de ganga e blusão de cabedal.

Após a polémica ganhar maiores proporções nos media finlandeses, a primeira-ministra de 36 anos reagiu à questão: "Dancei, cantei, festejei. Coisas perfeitamente legais. Pessoalmente não consumi drogas, nem consumi nada mais do que álcool”, afirmou numa transmissão em direto antes de uma reunião de verão do grupo parlamentar do Partido Social-Democrata.

Nos vídeos que foram partilhados, há pessoas que gritam, segundo os media finlandeses, sobre cocaína. Devido a este rumor, a oposição tem exigido que Marin realizasse um teste de despiste de drogas, algo que a própria já confirmou ter feito, adiantando que os resultados serão divulgados durante esta semana.

Nas palavras de Sanna Marin, os vídeos são privados e foram gravados numa residência privada há algumas semanas. A chefe do executivo finlandês disse que sabia que estava a ser filmada, mas não esperava que vídeos fossem expostos. "Estou chateada por estes vídeos terem vindo a público. Era eu numa noite de festa com amigos", assinalou.

A possibilidade de as imagens terem sido divulgadas por hackers russos nos telemóveis ou redes sociais de algum dos participantes na festa é algo a ter em conta, segundo disse o especialista em cybersegurança Petteri Jarvinen ao jornal The Guardian.

Não obstante, esta não é a primeira vez que Sanna Marin é criticada pela participação em festas e pela presença assídua em festivais de música.