“Durante o tempo que for preciso”. Líderes mundiais deixam palavras de apoio à Ucrânia no dia da sua independência

Os líderes mundiais não deixaram passar este dia em branco, parabenizando o país e demonstrando o seu apoio na guerra com a Rússia e resilência da nação invadida. 

A Ucrânia comemora, esta quarta-feira, o 31.º aniversário da sua independência. Por mera coincidência, neste dia também se assinala o sexto mês da invasão russa ao território ucraniano. Os líderes mundiais não deixaram passar este dia em branco, parabenizando o país e demonstrando o seu apoio na guerra com a Rússia e resilência da nação invadida. 

Portugal simboliza coragem e reforça apoio

Os líderes portugueses recorreram à rede social Twitter para emitir a sua mensagem à nação ucraniana. O primeiro-ministro, António Costa, deu os parabéns, assinalando “a coragem e a resistência dessa nação” e frisando que a “Comunidade Internacional não pode esquecer a Ucrânia”. “Portugal permanece ao vosso lado”, afirmou.

Já o ministro dos Negócios Estrangeiros português, João Gomes Cravinho, que se encontra em Kyiv, sublinhou a honra de estar na capital ucraniana num dia “de grande simbolismo, em que se celebram os 31 anos da independência que a Rússia procurou esmagar”.

“Trago de Portugal uma mensagem de solidariedade, e de apoio político, militar, financeiro e humanitário”, notou na sua publicação.  

Por sua vez, o presidente da Assembleia da República, Augusto Santos Silva, voltou a realçar a solidariedade de Portugal "com a luta da Ucrânia em defesa da independência e da integridade territorial".

Reino Unido, o “amigo” que estará “o tempo que for preciso”

Boris Johnson, o primeiro-ministro britânico que será brevemente substituído, reiterou o apoio do Reino Unido à Ucrânia e ao seu presidente Volodymyr Zelensky, este que já apelidou o líder do governo britânico de “amigo” em diversas ocasiões.

“Ao povo da Ucrânia, no vosso Dia da Independência, quero que saibam isto: Durante o tempo que for preciso, o Reino Unido estará convosco”, escreveu no Twitter.

Liz Truss, ministra dos Negócios Estrangeiros do Reino Unido e candidata a chefe de governo, também deixou uma palavra aos ucranianos, ao prometer o seu apoio.

“Hoje, o povo ucraniano celebra a sua independência, mas tem de lutar pelo futuro do seu país. Como primeira-ministra, farei tudo o que estiver ao meu alcance para assegurar que a chama da liberdade na Ucrânia continue a arder. Putin não pode prevalecer”, acentuou.

O primeiro amigo nunca se esquece do aniversário

O presidente da Polónia, Andrzej Duda, realçou que o seu país foi o primeiro do mundo “a reconhecer a independência da Ucrânia” e continua a estar do “seu lado em solidariedade”, enquanto “defende a sua liberdade na luta contra os agressores russos”.

Finlândia não desvia o olhar e o apoio à Ucrânia

A primeira-ministra da Finlândia, Sanna Marin, desejou “sinceros parabéns” aos “ucranianos e heróis” pelo seu dia nacional. “São corajosos e inabaláveis. Estamos convosco. Não desviaremos o olhar. Não esqueceremos a Ucrânia e o seu povo. Slava Ukraini!”, escreveu na publicação no Twitter, acompanhada por uma fotografia que tirou com Zelensky na sua visita à Ucrânia.

Moldávia nota a inspiração vinda dos ucranianos

A presidente da Moldávia, Maia Sandu, distinguiu “a coragem” do povo ucraniano na defesa pela sua pátria. “Lutadores pela liberdade, independência e democracia. São uma inspiração para as gerações vindouras”, enfatizou.

União Europeia e NATO, as organizações com as quais a Ucrânia poderá contar "durante o tempo que for preciso"

Do lado da União Europeia (UE), a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, direcionou a sua mensagem de vídeo para os cidadãos ucranianos, ao notar que “nunca poderemos igualar os sacrifícios que estão a fazer todos os dias”. A responsável reiterou o apoio da UE também “durante o tempo que for preciso”.

Já o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, saudou a celebração do Dia da Ucrânia, sublinhando que a independência e a liberdade ucranianas são "a independência e a liberdade" europeias, sem se esquecer de evidenciar a "defesa corajosa" face à Rússia.

Do lado da NATO, o secretário-geral da aliança transatlântica, Jens Stoltenberg, prestou a sua homenagem “às corajosas mulheres e homens que lutam pela sua liberdade e pelo seu país”. “A NATO tem apoiado a Ucrânia desde a sua independência e [a Ucrânia] pode continuar a contar com a NATO durante o tempo que for preciso. A Ucrânia vai prevalecer”, assinalou.

A invasão da Ucrânia foi iniciada pelas forças russas a 24 de fevereiro. A ONU – Nações Unidas – já confirmou, até ao momento, a morte de 5.514 civis e 7.698 feridos devido à guerra. Ainda assim, estes números podem ser muito superiores, uma vez que só poderão ser verdadeiramente conhecidos quando for possível aceder a zonas cercadas ou sob intensos combates.