Após quase um ano de mandato, Isaltino Morais fechou as negociações com a concelhia do PS/Oeiras para atribuição de pelouro a Filipa Laborinho, até agora vereadora em regime de substituição e que deverá agora assumir os pelouros da Sustentabilidade, Ação Climática, Igualdade e Descentralização de competências.
No despacho da nova composição do executivo, assinado na segunda-feira pelo autarca independente, é referido que “oportuna e brevemente serão atribuídas as áreas de responsabilidade política a delegar” à eleita do PS, partido que nas últimas autárquicas apenas conseguiu eleger um vereador, tal como o PSD e a coligação ‘Evoluir Oeiras’, formada por um movimento de cidadãos e com o apoio de Bloco de Esquerda, Livre e Volt.
A vereadora sem pasta Carla Castelo, eleita pela coligação ‘Evoluir Oeiras’, fica agora sozinha na oposição e não tardou em reagir no Twitter assumindo representar “com muita honra” a oposição, após ter recusado aceitar pelouros no Executivo de Isaltino Morais por não se rever “nas suas políticas nem na sua forma de fazer política”.
Na sequência desta e de outras reações, o presidente da Câmara de Oeiras lembrou, em comunicado que, “quando o legislador constituinte, na criação do poder local democrático”, previu a existência de executivos municipais com representação proporcional, estava, “com certeza”, a pretender órgãos executivos que “tivessem na sua ação governativa as diversas sensibilidades” políticas locais.
“Também por esta razão se diz que o poder local é uma escola de democracia”, sustenta o antigo autarca ‘laranja’, recordando que foi tradição do município de Oeiras, “particularmente desde 1986”, oferecer a possibilidade de contributo “efetivo para a governação do município” aos vereadores das forças políticas da oposição.
“Essa nossa opção é, para além de uma forma de respeitar o espírito da lei, uma forma de melhor servir as populações, envolvendo todas as sensibilidades para, assim o queiram, estarem efetivamente ao serviço do povo”, justifica Isaltino Morais.