O PSD da Amadora exigiu na quarta-feira a demissão da ministra da Saúde, Marta Temido, por considerar “ruinosa” e “caótica” a situação em que funciona o Hospital Amadora-Sintra.
A posição da concelhia social-democrata da Amadora surge quase dois meses depois de ter defendido um plano de recuperação das urgências desta unidade hospitalar, numa altura em que faltavam 136 enfermeiros, entre outros problemas.
“Decorridos estes meses não houve da parte do Governo a sensibilidade para responder a esta situação de lacuna nos serviços de saúde. Existe uma grande falta de coordenação, um desinvestimento. Está em causa o direito à saúde”, afirmou o secretário-geral da concelhia do PSD da Amadora, Daniel Marques Rodrigues, em declarações à Lusa.
De acordo com o social-democrata, entre os principais problemas identificados está a falta de médicos de família, de enfermeiros e o “funcionamento intermitente de vários serviços hospitalares.
“Na Amadora, mais de 40% da população não tem médico de família. O funcionamento intermitente dos serviços de ginecologia, obstetrícia e do bloco de partos é inadmissível e revela uma insensibilidade social chocante”, apontou.
Apesar de reconhecer que estes problemas ocorrem em vários hospitais do país, Daniel Marques Rodrigues ressalvou que a situação toma contornos mais graves em locais com maior densidade populacional.
“Não é só no município da Amadora e na região da Grande Lisboa, mas acaba por ter uma gravidade muito maior em concelhos como o da Amadora porque tem uma grande densidade populacional e há falta de alternativas”, argumentou.
Este hospital serve atualmente cerca de 550 mil utentes dos concelhos da Amadora e de Sintra, no distrito de Lisboa.