Portugal já atribuiu mais de 52 mil proteções temporárias a pessoas que fugiram da guerra na Ucrânia. Destas, cerca de um quarto foram concedidas a menores, segundo informou o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF).
De acordo com a última atualização feita pelo SEF, desde o início da guerra, a 24 de fevereiro, Portugal concedeu 52 121 proteções temporárias a cidadãos ucranianos e a estrangeiros que residiam na Ucrânia, 30 969 dos quais a mulheres e 21 152 homens. O maior número de proteções temporárias concedidas continuam a ser em Lisboa (11 227), Cascais (3 143), Porto (2 548), Sintra (1 793) e Albufeira (1 280).
O SEF indicou igualmente que emitiu 42 602 certificados de concessão de autorização de residência ao abrigo do regime de proteção temporária. Este certificado, emitido após o Serviço Nacional de Saúde, Segurança Social e Autoridade Tributária terem atribuído os respetivos números, é necessário para os refugiados começarem a trabalhar e acederem a apoios.
O SEF referiu ainda que foram autorizados pedidos de proteção temporária a 13.686 menores, representando cerca de 26% do total. Foi também comunicado ao Ministério Público a situação de 729 menores ucranianos que chegaram a Portugal sem os pais ou representantes legais, casos em que se considera não haver “perigo atual ou iminente”.
O SEF informou também a Comissão de Proteção de Crianças e Jovens sobre a situação de 15 menores que chegaram a Portugal não acompanhadas, mas com outra pessoa que não os pais ou representante legal comprovado, representando estes casos “perigo atual ou iminente”.
Segundo estimativas da ONU, a guerra já provocou a fuga de mais de oito milhões de pessoas.