"Estamos a viver uma situação geopolítica complicada". A garantia foi dada pelo ministro da Economia, na conferência de imprensa de apresentação das medidas para as empresas. Este pacote de apoio, segundo Costa Silva, foi desenhado "para responder a esta crise", acenando um total de 1400 millhões de euros e que já inclui medidas fiscais.
E acrescentou: "Estamos a abandonar uma era de globalização para entrar numa era nova em que estamos a ver crescentes tensões geopolíticas, fragmentação das cadeias" e "exige-se serenidade e rigor" aos decisores políticos.
Em relação às industrias intensivas no consumo de gás, a par do programa de 160 milhões de euros que já existia, vai ser reforçado e vamos ter programa de 235 milhões de euros.
Já o apoio as empresas intensivas em gás será alargada de 400 mil para 500 mil euros.
Ao mesmo tempo, o ministro da Economia anunciou o reforço da linha de crédito no valor de 600 milhões de euros, através de garantia mútua com prazo de oito anos e será operacinalizada pelo Banco de Fomento. A linha estará acessível a todos os setores a partir da segunda quinzena de outubro.
Também em cima da mesa está um apoio de dois milhões de euros para todas as empresas que tenham custos de gás mais elevados. E podem chegar aos cinco milhões com vista à manutenção de atividade industrial e no caso de as empresas terem tido perdas.
Também o transporte ferroviário de mercadorias vai ser alvo de apoios com subvenções diretas por locomotivas a diesel de 2,64 euros por km e a tração elétrica com 2,11 euros por km. A medida está avaliada em 15 milhões de euros.
Entre as medidas fiscais estão a suspensão temporária dos impostos no gás usado na produção de eletricidade e cogeração e a majoração em 20% em sede de IRC dos gastos com eletricidade, gás natural, compra de fertilizantes e alimentação para animais.
Notícia atualizada às 15h36