Juros implícitos no crédito à habitação sobem para 1,011%

É o valor mais alto desde novembro de 2019, segundo os dados do INE.

A taxa de juro implícita no crédito à habitação subiu para 1,011% em agosto, um valor que é superior em 9,9 p.b. (pontos base) face ao registado no mês anterior. Os números foram avançados esta terça-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) que revela que, nos contratos celebrados nos últimos três meses, a taxa de juro foi de 1,523%, o que traduz um aumento de 23,4 p.b. face a julho.

A taxa atingida neste mês de agosto representa a quinta subida consecutiva e o valor mais alto desde novembro de 2019.

Para o destino de financiamento Aquisição de Habitação – que é o mais relevante no conjunto do crédito à habitação – a taxa de juro implícita para o total dos contratos subiu para 1,027% (+9,9 p.b. face a julho). Nos contratos celebrados nos últimos três meses, a taxa de juro aumentou 23,3 p.b. face ao mês anterior, fixando-se em 1,528%.

O gabinete de estatística avança ainda que, considerando a totalidade dos contratos, o valor médio da prestação subiu quatro euros, para 268 euros. Deste valor, 51 euros (19%) correspondem a pagamento de juros e 217 euros (81%) a capital amortizado. Já nos contratos celebrados nos últimos três meses, o valor médio da prestação subiu 20 euros, para 445 euros.

Ainda no mês em análise, o capital médio em dívida para a totalidade dos contratos subiu 345 euros face ao mês anterior, fixando-se em 60750 euros. Para os contratos celebrados nos últimos três meses, o montante médio em dívida foi 128092 euros, mais 414 euros que em julho.