O embaixador ucraniano Igor Kizim foi convocado no sábado pela Bielorrúsia para denunciar formalmente Kiev por alegadamente planear um ataque dentro do país, acusação que o Ministério dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia negou.
Decisão surge após Igor Kizim ter recebido uma nota oficial de protesto sobre "os planos de Kiev para atacar a Bielorrússia", informou o Ministério dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia. Na mesma declaração, o porta-voz do ministério ucraniano, Oleg Nikolenko, "rejeitou categoricamente as insinuações do regime bielorrusso" sobre os alegados planos.
"Não descartamos que a entrega da nota diplomática possa fazer parte do plano russo de provocar e acusar ainda mais a Ucrânia. As autoridades bielorrussas devem parar de obedecer aos caprichos do Kremlin e parar imediatamente de apoiar a Rússia na sua agressão contra a Ucrânia", disse ainda o ministério ucraniano, numa nota publicada no Facebook. O porta-voz apelou ainda à população bielorrussa "para não sucumbir às provocações".
"A Ucrânia nunca invadiu territórios estrangeiros. Aderimos estritamente às normas e princípios fundamentais do direito internacional e da Carta das Nações Unidas", pode ler-se.
Recorde-se que Alexander Lukashenko, Presidente bielorrusso, confirmou esta semana abertamente que o seu governo participa na ofensiva militar lançada pela Rússia na Ucrânia, depois de meses a tentar esconder o seu envolvimento.