Uma investigação levada a cabo pela agência Reuters informa que a empresa norte-americana Extreme Networks forneceu serviços à Rússia, como sistemas de comunicação a fabricantes de material bélico russo.
A denúncia foi feita por um funcionário da empresa em abril desde ano com a Extreme Networks a negar a acusação, argumentado que o caso não passava de um trabalhador que estava insatisfeito e que acabou por ser despedido por não ter desempenhado bem as suas funções.
Mas a agência noticiosa mostra que não é bem assim: depois de analisar documentos de 2017 a 2021, como relatórios de vendas, e ter falado com três fontes diferentes que tinham conhecimento dos negócios em causa, a Reuters encontrou provas de que a Extreme Networks forneceu mesmo equipamentos informáticos a empresas na Rússia – e entre as quais a MMZ Avangard – que fabrica mísseis do sistema de defesa anti-aéreo S-400 e que desde 2014 que está impedida de receber fornecimentos norte-americanos.
Uma das fontes ouvidas pela Reuters disse que a MMZ Avanguard recorreu a uma empresa fachada para que conseguisse contornar as sanções dos EUA, tendo como recurso a DEMZ, que fabricava ferramentas para a manutenção das carruagens ferroviárias, estando inativa desde 2016. Foi em dezembro de 2017 que a MMZ Avanguard começou a comprar equipamento à empresa norte-americana.