Foram detidas 17 pessoas no âmbito de uma ação da Europol e da Autoridade Europeia do Trabalho coordenada 16 países contra a exploração laboral no setor agrícola.
A operação, desenvolvida entre os dias 14 e 21 de setembro, foi liderada pela França e contou com a participação do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) que, em comunicado, avança que, em "colaboração com a Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT), realizou 19 ações de fiscalização, de norte a sul do país, tendo identificado 247 cidadãos estrangeiros, quatro deles referenciados como suspeitos da prática do crime de tráfico de pessoas".
O SEF informa que a ação resultou em 17 detenções, 42 suspeitos de tráfico de pessoas, 874 vítimas de exploração laboral (incluindo 231 identificados como possíveis vítimas de tráfico de seres humanos), 4.291 locais verificados, 1.087 veículos verificados, 37.017 pessoas verificadas, 36 novas investigações iniciadas, 192 suspeitas de violação registradas por fiscais do trabalho e 6.000 elementos das autoridades policiais europeias.
A autoridade realça que o setor agrícola é "um dos mais vulneráveis à prática do crime de exploração laboral devido ao trabalho não declarado ou subcontratado e à mão de obra pouco qualificada", sendo que, em regra, "as redes criminosas recrutam as vítimas nos seus países de origem, sendo depois levadas para outros países", onde são "coagidas a trabalhar longas horas, com baixos salários e, muitas vezes, sem nenhuma contrapartida financeira".
Nesta operação, participaram a Bélgica, Bulgária, Chipre, Finlândia, França, Grécia, Irlanda, Itália, Letônia, Holanda, Portugal, Romênia, Espanha, Suécia, Reino Unido, Ucrânia.