O número de queixas por violência doméstica atingiu, no terceiro semestre deste ano, o número mais alto desde 2018.
De acordo com dados da Comissão para a Cidadania e a Igualdade de Género, foram recebidas neste últimos três meses 8.887 queixas, o número mais elevado desde 2018, quando se registaram 7.423 participações.
Os dados reportam 23.250 queixas desde o início deste ano, assim como a morte de 21 mulheres em contexto de violência doméstica, um número que, apesar de elevado, é mais baixo quando comparado aos últimos anos – 23 mortes em 2021, 32 em 2020 e 35 em 2019.
Os dados do terceiro trimestre indicam ainda que foram detidas, este ano, por este crime, 1.209 pessoas, das quais 251 ficaram em prisão preventiva e 958 em prisão efetiva.
Estes números têm por base uma compilação de dados fornecidos pela GNR e pela PSP, assim como por outros serviços.
Relativamente às suspensões provisórias de processos executadas com acompanhamento pela Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais, os indicadores apontam para 1.875 no terceiro trimestre deste ano.
A medida de coação aplicada mais regularmente é a vigilância eletrónica, tendo abrangido 798 implicados neste crime, num total de 999, indicam os dados apurados no terceiro trimestre de 2022.
O número de pessoas integradas em programas para agressores ascendeu a 3.055 no terceiro trimestre de 2022, das quais 316 em meio prisional e 2.739 na comunidade.
A Rede Nacional de Apoio às vítimas de violência doméstica acolheu (dados compilados no terceiro trimestre deste ano) 853 mulheres, 706 crianças e 15 homens.