O ministro da Educação adiantou esta quarta-feira que foram contratados cerca de 26 mil professores para susbstituições desde o início do ano letivo, sendo que, semanalmente há cerca de 600 novos horários por preencher.
João Costa está a ser ouvido no Parlamento, no âmbito da discussão em sede de especialidade da proposta de Orçamento do Estado para 2023 (OE2023).
Em resposta à deputada da Iniciativa Liberal, Carla Castro, que quis saber quantos alunos estão, atualmente, sem professor e pelo menos a uma disciplicina, o ministro não adiantou números, afirmando que todas as semanas são contratados novos professores, mas as escolas pedem novos horários.
"O número é relativamente estável. Quase todas as semanas entram cerca de 600 pedidos de horários", disse, sublinhado que a substituição de professores tem sido mais rápida devido a medidas implementadas no início do ano letivo, nomeadamente a possibilidade de as escolas recorrerem mais rapidamente à contratação de escola, a última opção para contratar docentes.
"Tem dado efeito", sublinhou João Costa, adiantando que esta medida "tem resolvido mais agilmente e em mais de 80% as necessidades de substituição".
Por outro lado, a revisão das habilitações próprias para a docência, alargadas de acordo com determinados critérios às licenciaturas pós-Bolonha, ajudaram também na substituição de professores.
De acordo com o ministro, o grupo de recrutamento com maior número de horários por preencher já não é Informática, não tendo avançado quais as disciplinas onde faltam mais docentes atualmente.
"Estas medidas que alguns apelidaram de avulsas e remendos estão a surtir efeito", realçou.
Comparativamente ao período homólogo dos três anos anteriores, as necessidades das escolas reduziram em cerca de 50%, uma "situação bastante mais favorável", mas com a qual o Governo está "preocupado e a agir".