A taxa de juro implícita no crédito à habitação subiu para 1,597% em novembro, um valor superior em 26,9 p.b. face ao registado no mês anterior e o mais elevado desde dezembro de 2012. Os dados foram revelados esta quinta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) que acrescenta que, nos contratos celebrados nos últimos três meses, a taxa de juro foi de 2,365%, o que traduz um aumento de 30,4 p.b. face a outubro.
Para o destino de financiamento Aquisição de Habitação – aquele que é o mais relevante no conjunto do crédito à habitação – a taxa de juro implícita para o total dos contratos subiu para 1,606% (+26,4 p.b. face a outubro). Nos contratos celebrados nos últimos 3 meses, a taxa de juro aumentou 31,8 p.b. face ao mês anterior, fixando-se em 2,372%.
O gabinete de estatística nacional adianta também que, considerando a totalidade dos contratos, o valor médio da prestação subiu nove euros, para 288 euros, valor mais elevado desde maio de 2009. Deste valor, 83 euros (29%) correspondem a pagamento de juros e 205 euros (71%) a capital amortizado. Comparando com novembro de 2021, a componente de juros representava 16% do valor médio da prestação (523 euros). Nos contratos celebrados nos últimos 3 meses, o valor médio da prestação subiu 18 euros, para 507 euros, valor mais elevado da série disponível.