O deputado do PSD Joaquim Pinto Moreira, que foi alvo de buscas domiciliárias no âmbito da Operação Vórtex, escusou-se, esta quarta-feira, a responder se continuará como vice-presidente da bancada e presidente da comissão para a revisão constitucional.
"Todo o respeito pelo vosso trabalho, mas já ontem fiz declarações através de um comunicado e remeto para o comunicado que é absolutamente claro, fico a aguardar com serenidade os desenvolvimentos da justiça com a qual colaborarei se for chamado", respondeu quando questionado pelos jornalistas no Parlamento.
O social-democrata reiterou ainda o facto de estar disponível para o levantamento imediato da imunidade parlamentar, se tal for solicitado, no entanto afirmou desconhecer se foi feito qualquer pedido nesse sentido à assembleia da República, ou sequer se foi constituído arguido.
Recorde-se que a operação Vórtex levou à detenção do presidente da Câmara de Espinho, Miguel Reis, eleito pelo PS nas autárquicas de 2021, do chefe da Divisão de Obras do município, José Costa, e de três empresários.
Em causa está a alegada prática dos crimes de corrupção ativa e passiva, prevaricação, abuso de poderes e tráfico de influências.