Apenas 6% do efetivo da Guarda Nacional Republicana (GNR) pode tirar férias entre 6 de julho e 9 de agosto devido à Jornada Mundial da Juventude.
Em comunicado, a Associação dos Profissionais da Guarda (APG/GNR) explica que as normas internas determinam que apenas 20% do efetivo possam gozar férias em simultâneo quando ocorre um evento de grande dimensão, mas nas JMJ a necessidade de ter agentes no evento exige que apenas 6% dos militares da GNR possam gozar férias.
A APG dá um exemplo: num local com 20 militares de serviço "apenas um poderá estar de férias".
Na sua visão, isto revela "um profundo desrespeito pelos profissionais que, regressando-se ao passado ficam assim na mão da instituição, que não lhes reconhece o direito da gestão da sua própria vida pessoal e familiar".
"As férias são um direito e as datas, em setor nenhum, podem ficar exclusivamente ao critério da entidade patronal. É injustificável o número de eventos considerados como sendo de grande dimensão, da mesma forma que temos as maiores dúvidas que as Jornadas Mundiais da Juventude justifiquem o empenho de quase todo o efetivo do território nacional", diz ainda a nota.
Por sua vez, a PSP já deu instruções aos seus agentes de que as suas férias serão suspensas entre 24 de julho e 07 de agosto, pelo mesmo evento.