Foi acusado do crime de homicídio qualificado e detenção de arma proíbida o homem de 31 anos que, no verão do ano passado, esfaqueou a companheira grávida, no Barreiro.
A acusação do Ministério Público (MP) foi terça-feira tornada pública na página da Procuradoria-Geral da República (PGR).
O crime ocorreu em agosto de 2022, quando o arguido, de 31 anos, desferiu vários golpes com uma faca no pescoço e no tórax da companheira, de 38 anos, enquanto esta estava grávida de sete meses, provocando assim a sua morte por choque homorrágico.
"O arguido agiu movido por sentimento de paranoia que naquele momento o levou a construir um cenário em que a vítima o tinha traído e que a criança não era seu filho. Além disso, o arguido achava que a ofendida o tinha envenenado ou queria envenenar, fazendo parte, à semelhança do resto da humanidade, de uma rede criminosa que o perseguia e que o queria matar", lê-se no comunicado ontem divulgado.
Segundo o MP, o homem, durante a fase de inquérito, foi sujeito a uma perícia psiquiátrica, tendo sido diagnosticado com esquizofrenia: "Determinou-se que, no momento da prática dos factos, era incapaz de avaliar a ilicitude daqueles factos, razão pela qual foi considerado inimputável perigoso".
O suspeito foi detido pela Polícia Judiciária (PJ) no dia 18 de agosto de 2022, após ser intercetado pela PSP na zona de partidas do Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, depois de serem recolhidas informações de uma possível fuga para o estrangeiro.
Agora, vai-lhe ser aplicada a medida de coação de prisão preventiva, que está a cumprir num hospital prisional.