A chefia do Corpo Nacional de Escutas (CNE) expulsou, em 2022, cinco voluntários que foram denunciados por alegados abusos sexuais.
De acordo com Ivo Faria, chefe do CNE, este afastamento, “de cinco voluntários adultos”, ocorreu em 2022, mas que “não significa que tenham acontecido todas as situações de abuso nesse ano”, revelou ao Jornal de Notícias. Segundo o mesmo foi nessa altura que a informação sobre a existência de denúncias chegou aos responsáveis máximos dos escuteiros.
No relatório apresentado durante esta semana, a Comissão Independente para o Estudo dos Abusos Sexuais de Crianças na Igreja Católica, conta 26 denúncias deste tipo de crimes ocorridos no âmbito dos escuteiros, 19 dos quais foram comunicados pelo CNE e 11 resultaram de denúncia de outras pessoas que contactaram a Comissão.
Segundo a mesma publicação, do total de 30 denúncias, quatro eram “coincidentes”, ou seja, eram o mesmo caso.
Os casos são alvo de inquérito interno, “que pode ou não levar à expulsão dos envolvidos”.
O chefe do CNE explicou ainda que tem limitações para apresentar queixas às autoridades e apela a que os autores de denúncias e famílias das vítimas o façam.
“Sempre que há uma denúncia, faz-se uma avaliação sobre a credibilidade da mesma e, caso se verifique, o voluntário é suspenso imediatamente e o caso comunicado às autoridades”, lembrou o responsável.