Os CTT saíram do edifício sede na Expo – edifício Báltico – para dar espaço à TAP que ia mudar de instalações. Os Correios escolheram outro espaço – edifício Green Park, na Avenida dos Combatentes – mas o negócio borregou com toda esta instabilidade vivida na companhia aérea. O Nascer do SOL sabe que a empresa liderada por João Bento tem contrato até 2025 e paga cerca de 500 mil euros por mês, garantindo também os custos de manutenção. Já em relação ao novo espaço está a beneficiar de um período de carência até abril, mas depois terá de pagar uma renda mensal de 400 mil euros e a este valor há que somar os gastos que já fizeram de adaptação.
Fonte próxima da empresa diz ainda que os Correios estão agora a tentar até abril subarrendar o Báltico, altura em que termina o período de carência no novo espaço. Contactado pelo nosso jornal, fonte oficial dos CTT esclareceu que «já estabeleceram com promotores imobiliários os princípios para o arrendamento do edifício Báltico, no Parque das Nações, estando estes a contactar potenciais arrendatários». E esclareceu também que os «novos hábitos de trabalho nos CTT, como em grande parte das empresas na realidade pós-covid, resultaram numa flexibilização das rotinas», acrescentou ainda que «a implementação do trabalho à distância originou uma redução da necessidade de espaço na sede, permitindo libertar áreas significativas nos serviços centrais, uma vez que o edifício estava apenas parcialmente ocupado».
E face a este cenário, a empresa revelou que «começaram a avaliar, em meados de 2021, a mudança da sede da empresa para novas instalações, mais adequadas a esta dinâmica. Após a avaliação de várias opções, a escolha recaiu no edifício Green Park, na Avenida dos Combatentes e a mudança para o este edifício está a decorrer de forma faseada, com normalidade, sem perturbações e com entusiasmo», referindo ainda que «o interesse da TAP no edifício Báltico não teve qualquer influência na decisão dos CTT em mudar de instalações».
Um argumento recusado pela mesma fonte, uma vez que, defende que a saída dos Correios da Expo «foi feita à pressa porque era suposto que a TAP fosse ocupar esse espaço, a partir de novembro e até irem para a proximidade da Praça de Espanha ainda tiveram de arrendar uns andares ao pé das Torres Gémeas».