Mais de 1.300 professores já se aposentaram desde o início do ano

Foi também já marcada uma greve nacional de professores e uma manifestação para dia 6 de junho e a greve às avaliações finais continua em cima da mesa.

Desde o início do ano, já se aposentaram mais de 1.300 professores e as previsões apontam que, até ao final de 2023, entrarão na reforma mais de 3.500 docentes, revelou em comunicado, esta terça-feira, a Federação Nacional de Professores (Fenprof).

O número apresentado é o mais elevado dos últimos 10 anos, ultrapassado apenas pelas mais de 4.500 aposentações registadas em 2013.

“O problema não está na aposentação de tantos docentes, pois esta saída era previsível, tratando-se de professores e educadores que exercem funções há mais de 40 anos”, explica a Fenprof.

A estrutura sindica frisa que está sim preocupada com a falta de atratividade da profissão que é cada vez menos ambicionada, o que se pode comprovar com o reduzido número de alunos que, todos os anos, saem dos cursos de Educação com o objetivo de serem professores e alerta que a situação se agravará até ao final da década.

“Só há uma forma de estancar a saída precoce da profissão, recuperar os que já abandonaram e atrair jovens para os cursos de formação: valorizar uma profissão que, de forma crescente, tem perdido atratividade”, sublinha a Fenprof.

A partir de segunda-feira, a plataforma informal que junta nove organizações sindicais, incluindo Fenprof e Federação Nacional da Educação, vai realizar novas greves distritais que começam no Porto e terminam a 12 de maio, em Lisboa.

Foi também já marcada uma greve nacional de professores e uma manifestação para dia 6 de junho e a greve às avaliações finais continua em cima da mesa.