A petição 'Pela inclusão da protecção dos animais na Constituição da República Portuguesa' é o mote da marcha anual da ANIMAL, sendo que, em comunicado, a associação explicou que "embora a Marcha seja sobre a protecção dos animais em geral, a cada ano há um foco especial na campanha da altura".
A primeira marcha teve lugar há 23 anos e, como a ANIMAL mencionou, "começou por se chamar Marcha Anti-touradas e de Defesa Animal, e, poucos anos depois, ficou apenas Marcha ANIMAL, para ser mais abrangente". "Salvo raras exceções", decorre anualmente na capital, contando com a participação de "dezenas de grupos de proteção dos animais de todo o país, bem como partidos políticos e, claro, com sociedade civil".
"A marcha surgiu precisamente para juntar pessoas da causa, uma vez por ano, de forma simbólica, em Lisboa. Assim, convidamos toda a gente a estar connosco no próximo sábado. Pelos animais, sempre, sem esquecer a importância do respeito e inclusão dos direitos de todas e todos", disse a presidente da ANIMAL, citada no comunicado.
Rita Silva deixou claro que sem os portugueses o trabalho pelos animais não teria os frutos positivos que tem tido e agradeceu a quem apoia a ANIMAL há quase três décadas, sendo que, na página oficial da petição, que conta com quase 28 mil assinaturas, lê-se que "as cidadãs e os cidadãos que subscrevem esta petição vêm pedir à Assembleia da República o seguinte: que, em sede de alteração/revisão Constitucional, aprove a inclusão explícita e inequívoca da protecção dos animais não-humanos na Constituição da República Portuguesa".
Importa igualmente recordar que, em março, mais de 90 mil pessoas assinaram uma petição da União Zoófila que defendia a criminalização dos maus tratos a animais e esta foi entregue na Assembleia da República. Em comunicação, a organização disse acreditar que o requerimento vai ser "discutido muito em breve", uma vez que o número mínimo de assinaturas que uma petição precisa para ser discutida no parlamento é de 7.500. Apenas em 36 horas, a petição contava com 12 mil assinaturas, e num mês chegou às 90 mil.
O ponto de encontro da marcha é o Campo Pequeno, pelas 15h. Esta segue posteriormente em direção à Assembleia da República, onde "haverá música e convívio entre ativistas".
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