O ministro dos Negócios Estrangeiros, João Gomes Cravinho, disse esta segunda-feira que "uma dúzia" de portugueses no Sudão "estão bem", na sequência dos confrontos que começaram no sábado e já causaram, pelo menos, 97 mortos.
"Nós temos conhecimento de cerca de uma dúzia de portugueses, essencialmente pessoas que trabalham em organizações internacionais no Sudão e estão bem. Não temos indicação de portugueses envolvidos nestes conflitos", adiantou aos jornalistas, quando falava à margem do início dos trabalhos do Fórum Portugal – Alemanha, com o tema "Digitalização: Perspetiva Global e Bilateral", em Lisboa.
"Lamentamos profundamente os conflitos e subscrevemos a posição das Nações Unidas, que pede um cessar-fogo imediato", disse ainda.
Na manhã de sábado eclodiram no Sudão uma série de confrontos entre o Exército, liderado por Abdelfatah al Burhan, e as Forças de Apoio Rápido, lideradas por Mohamed Hamdan Dagalo, que, antes de lançar a rebelião numa tentativa de tomar o poder no país, era o número dois do Conselho Soberano Sudanês, o mais alto órgão executivo, liderado pelo próprio Abdelfatah al Burhan.
Os militares levaram a cabo o golpe de outubro de 2021 que depôs o Governo civil que emergiu da revolução sudanesa de 2019 e derrubou o antigo Presidente islamista Omar al-Bashir, depois de três décadas no poder.