A economia portuguesa deverá registar um crescimento económico acima da média da Zona Euro neste ano. Estas são as estimativas dos especialistas da Allianz Trade, acionista da COSEC – Companhia de Seguro de Créditos, que apontam para que o produto interno bruto (PIB) de Portugal avance 1% em 2023. Já no próximo ano, as previsões apontam para uma subida de 1,2% do PIB. Previsões diferentes às do final do ano passado, em que a acionista da COSEC antecipava que a economia portuguesa expandisse 0,1% em 2023 e 1,5% em 2024.
A Allianz Trade reviu igualmente em alta as previsões para a Zona Euro para 2023. O bloco do euro, segundo as previsões presentes no estudo “Everything everywhere all at once”, deverá registar um crescimento ligeiro do PIB de 0,3% neste ano quando, no final do ano passado, os números apontavam para uma contração de 0,4%.
E os especialistas defendem que, “apesar de a Zona Euro evitar uma contração económica, os consumidores deverão manter uma postura cautelosa em termos de consumo, devido ao custo de vida, que é elevado, bem como às taxas de juro, que estão igualmente em níveis elevados”, acrescentando que “além da inflação elevada, os países da moeda única enfrentam outros desafios, como condições de financiamento mais restritivas, fracas dinâmicas de investimento e uma diminuição da confiança das famílias, fruto da turbulência no sistema financeiro. Para o próximo ano, as previsões são de um crescimento na casa dos 0,9%”.
No que diz respeito à inflação, as previsões sugerem que Portugal terminará o ano com uma taxa de inflação de 5,3%. Para 2024, a taxa de inflação deverá ser de 2,6%. “Estes números ficam próximos da média da Zona Euro, que deverá registar uma inflação de 5,6% neste ano e de 2,6% em 2024, encaminhando-se para o objetivo do Banco Central Europeu, que é uma inflação próxima dos 2%”.
Já a economia mundial, segundo as previsões da acionista da COSEC, deverá fechar o ano com um crescimento de 2,2% e uma inflação de 6,6%. No próximo ano, o PIB mundial deverá expandir 2,3% e a inflação suavizar um pouco, ficando nos 4%.