Um jornalista que acusa Donald Trump de a violar, quando esta o acompanhou ao provador de uma loja de roupa em 1996, depôs esta quarta-feira em tribunal.
"Estou aqui porque Donald Trump me violou e, quando escrevi sobre isso, ele disse que nada tinha acontecido. Ele mentiu e destruiu a minha reputação. Estou aqui para tentar recuperar minha vida", disse, perante tribunal, E. Jean Carroll.
O republicano, que nega as acusações da escritora de 79 anos, não esteve na sala de tribunal e limitou-se a escrever nas redes sociais que considerava o advogado da queixosa um "agente político" perante estas alegações, que afirma serem "uma farsa inventada".
O juíz que presidia ao processo disse aos advogados do ex-presidente que esta frase era "totalmente inapropriada" e que podia trazer problemas legais acrescidos.
Segundo a alegada vítima, os dois cruzaram-se na porta giratória de uma loja, na primavera de 1996, quando esta escrevia uma coluna na Elle.
Na altura, Trump era um magnata do imobiliário e aproveitou o encontro para pedir um conselho sobre um presente para a mulher. A jornalista diz ter acedido ao pedido, tendo ambos acabado na sala de provas de roupa interior, on de Donald Trump a atirou contra uma parede e a violou.
O diplomata diz, contudo, que não esteve sequer na referida loja com Caroll e que nessa altura não sabia quem ela era nem a tentou violar.
"Esta é uma história falsa e fraudulenta – uma caça às bruxas", escreveu hoje Trump na rede social Truth Social.