Ginecologista condenado a 11 anos de prisão por violar pacientes em campus universitário

Crimes terão ocorrido entre 2009 e 2018, quando James Heaps trabalhava no campus universitário da Universidade de Los Angeles

Um médico ginecologista de 66 anos foi condenado a onze anos de prisão por abusar sexualmente de centenas de pacientes, tendo sido considerado culpado de três crimes de agressão sexual e dois de penetração sexual de duas mulheres. 

O caso aconteceu em Los Angeles, no estado norte-americano da Califónia, onde o profissional trabalhava, no campus universitário da Universidade de Los Angeles (UCLA). James Heaps, escreve a Associated Press, declarou-se inocente dos 21 crimes de que estava acusado, que terão sido perpertados entre 2009 e 2018, tendo o júri considerado o ginecologista culpado de sete deles.

A agência de notícias escreve ainda que dezenas de pacientes de Heaps disseram que este as apalpou indevidamente, que fez comentários de natureza sexual e que levou a cabo exames invasivos e desnecessários ao longo dos seus 35 anos de carreira. 

A polémica veio a público em 2019, um ano depois de o médico se ter reformado, quando este foi detido por ser suspeito de agredir as pacientes e a UCLA foi considerada responsável por perpetuar estes comportamentos. A universidade teve de pagar cerca de 700 milhões de dólares (635 milhões de euros) em indemnizações a centenas de vítimas que contaram os casos de assédio, abuso e agressão por que passaram naquele campus com James Heaps. 

A universidade foi processada por várias mulheres, que alegam que a instituição ignorou as queixas contra Heaps ou escondeu deliberadamente as queixas apresentadas aos vários centros de saúde do campus.