Dezenas de milhões de sudaneses em perigo de desnutrição aguda

“O Programa Mundial de Alimentos prevê que o número de pessoas com desnutrição aguda aumentará para entre dois e 2,5 milhões, elevando o número total para 19 milhões nos próximos três a seis meses se o conflito continuar”, disse um dos porta-vozes do secretário-geral da ONU, António Guterres, Farhan Haq.

A Organização das Nações Unidas alertou, no caso da continuação do conflito no Sudão,  que isto pode levar até mais 2,5 milhões de pessoas a sofrer de desnutrição aguda, elevando o total para 19 milhões em seis meses.

"O Programa Mundial de Alimentos prevê que o número de pessoas com desnutrição aguda aumentará para entre dois e 2,5 milhões, elevando o número total para 19 milhões nos próximos três a seis meses se o conflito continuar", disse um dos porta-vozes do secretário-geral da ONU, António Guterres, Farhan Haq.

"Por sua vez, a agência da ONU para os Refugiados (ACNUR) e parceiros anunciaram que são necessário 445 milhões de dólares (412,7 milhões de euros) para apoiar um fluxo estimado de saída de 860.000 refugiados e repatriados do Sudão em cinco países afetados pela emergência", acrescentou o porta-voz.

Esta agência encorajou os países vizinhos a manterem as suas fronteiras abertas para os que fogem da violência e instou todos os Estados a permitirem aos civis que fogem do Sudão acesso aos seus territórios e a suspenderem retornos forçados ao Sudão, inclusive de pessoas que já tiveram pedidos de asilo rejeitados.

O violento conflito no Sudão coloca o exército do general Abdel Fattah al-Burhan, o líder de facto do Sudão, e o seu adjunto e opositor, o general Mohamed Hamdane Daglo, que comanda as forças paramilitares de apoio rápido.

Estes combates foram despoletados devido ao fracasso das negociações para a integração dos paramilitares nas forças armadas, no âmbito de um processo de transição política no Sudão.