O Governo Regional dos Açores, através da Secretaria Regional da Agricultura e do Desenvolvimento Rural – Direção Regional da Agricultura, gastou 50,4 mil euros (preço contratual de 43,5 mil euros acrescido de IVA no valor de 6,9 mil euros) para a aquisição de um estudo para criação de um novo chá dos Açores com forte impacto na redução da infecciosidade do SARS-CoV-2, vírus que provoca a covid-19. O trabalho foi entregue à Fundação Gaspar Frutuoso, da Universidade dos Açores, com recurso a ajuste direto.
Segundo o contrato, que deu entrada no portal Base na passada sexta-feira, 12 de maio, o prazo de execução é de 1095 dias, estando em vigor durante os anos de 2023, 2024 e 2025. Nesse período, a Fundação Gaspar Frutuoso deverá proceder à “elaboração de dois relatórios intercalares, onde se faça o ponto de situação da evolução do estudo e do desenrolar da execução do contrato”. O primeiro relatório deverá ser entregue até julho de 2023 e o segundo até outubro de 2024. Já o estudo deverá ser apresentado até ao final do mês de outubro de 2025.
O valor pago à fundação será dividido em três tranches de 14, 5 mil euros, acrescidos de IVA (2,3 mil euros), repartidas pelos três anos em que vigora o contrato.
Na apresentação do protocolo assinado entre a Fundação Gaspar Frutuoso e a Secretaria Regional da Agricultura e Desenvolvimento Rural, o investigador José António Batista, doutorado em bioquímica analítica, referiu que a expectativa é que esteja no mercado, em 2025, um comprimido, com base no chá dos Açores, que reduza a infecciosidade do vírus da covid-19.
O investigador que tem vindo a dedicar-se a vários estudos sobre o chá verde e preto dos Açores explicou que a enzima do chá a utilizar deverá funcionar como um inibidor da célula infetada, travando-se a enzima responsável pela sua reprodução e ajudando a que a doença não se desenvolva.
Espera-se ainda que o comprimido com base no chá dos Açores que se pretende desenvolver e implementar no combate à covid-19 funcione também como complemento para combater outras eventuais doenças que advenham, por exemplo, de manipulações no campo agroalimentar.