Câmara de Gaia ordena auditoria a processos “envoltos em suspeição”

“Que fique claro: se for verdade provada, a situação é inaceitável e não traduz o modelo de gestão que o município tem e que pode ser atestada por centenas de empreendedores, empresariais ou particulares”, sublinhou o autarca do PS.

O presidente da Câmara de Gaia anunciou, esta segunda-feira, que deu ordens para a realização imediata de uma auditoria a todos os processos "envoltos em suspeições", no âmbito da Operação Babel, que levou à detenção do número dois da autarquia.

"Face à gravidade das questões suscitadas pelo inquérito, ordenei a realização imediata de uma auditoria a todos os processos envoltos em suspeições, a realizar pelos serviços municipais e com o apoio da Professora Doutora Fernanda Paula Oliveira, evoluindo essa auditoria de forma mais alargada aos demais processos", declarou Eduardo Vítor Rodrigues, no início da reunião pública do executivo municipal.

"Que fique claro: se for verdade provada, a situação é inaceitável e não traduz o modelo de gestão que o município tem e que pode ser atestada por centenas de empreendedores, empresariais ou particulares. Importa que a justiça faça o seu trabalho, sem pressões nem julgamentos públicos precipitados. Só assim se descobrirá a verdade e se respeitará a legítima presunção da inocência", acrescentou o autarca, citado pela agência Lusa.

O presidente da câmara de Gaia, eleito pelo PS, revelou ainda que os mecanismos já existentes de controlo e de transparência serão reforçados e que a autarquia contratou Paulo Morais para coordenar uma auditoria dos procedimentos administrativos do urbanismo, em colaboração com a área técnica interna do urbanismo.