Um tribunal do Líbano proibiu o governador do Banco Central do Líbano (BDL), Riad Salameh, alvo de um mandado de captura emitido pela justiça francesa, de abandonar o país.
O governador, que tem ligações à classe política, é acusado de ter construído um rico património imobiliário e bancário na Europa através de um complexo acordo financeiro e de um desvio maciço de fundos públicos libaneses, explica a France-Presse.
Segundo o juiz do Tribunal de Cassação, Imad Kabalan, a mais alta instância do sistema judicial libanês, este compareceu perante o arguido de 72 anos e informou-o da proibição de abandonar o território libanês, decidindo ainda apreender os seus dois passaportes, libanês e francês.
Salameh foi convocado pela justiça francesa para se deslocar a Paris a 16 de maio, contudo, este não compareceu ao interrogatório.
Desde então, o governador é objeto de um mandado de captura, que foi emitido por um juiz responsável pelas investigações em França, e o Líbano tem um "aviso vermelho" da Interpol com base neste mandado de captura.
Este país asiático não extradita os seus cidadãos e os seus tribunais podem decidir julgá-lo no seu território caso considerem que as acusações de branqueamento de capitais e de enriquecimento ilícito são fundadas.