António Costa rejeita demitir a secretária-geral das “secretas”, embaixadora Graça Mira Gomes e acusou, esta sexta-feira, o PSD de fazer combate político ao Governo utilando o SIS.
“Lendo a sua carta, percebo que não pretende qualquer esclarecimento, mas tão só fazer combate político ao Governo, ainda que à custa do Sistema de Informações da República Portuguesa[SIRP]", escreve o primeiro-ministro, numa carta/resposta ao líder social-democrata, a que a agência Lusa teve acesso, e que também foi enviada ao Presidente da República.
Costa enviou dois documentos classificados ao líder do PSD para reiterar que, na recuperação de um computador de um ex-adjunto do Ministério das Infraestruturas, o SIS "não agiu sob ordens, instruções ou orientações de qualquer membro do Governo, mas por decisão própria – e correta – da sua direção, em articulação com a Secretária-Geral do Sistema de Informações da República Portuguesa” e acrescenta que “é absolutamente infundada a acusação de abuso de poder por parte do Governo, de qualquer dos seus membros ou colaboradores".
"Para seu conhecimento pessoal, e admitindo que não tenha sido devidamente informado pelos deputados do PPD/PSD na Comissão Parlamentar de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias das informações aí prestadas, junto envio dois documentos classificados 'confidencial', em que o Diretor do Serviço de Informações de Segurança enquadra juridicamente e descreve detalhadamente a atuação dos serviços nesta ocorrência", escreve o primeiro-ministro.